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Educação com a Vila Sésamo

Após mais de 40 anos desde a primeira transmissão de Vila Sésamo, o programa de televisão infantil continua um sucesso, conquistando crianças de mais de 150 países de todo o mundo. Gerações inteiras pararam em frente à televisão para assistir Ênio, Beto, Garibaldo, Elmo, Come Come e outros personagens repassarem aos pequenos valiosos ensinamentos sobre cooperação, amizade, solidariedade, higiene, saúde, etc.

10869857_591245224355734_4208877125502469286_o.jpg /><br><br><p><img decoding=Vila Sésamo, cujo nome original é Sesame Street, foi criado em 1966 pelo casal Joan Ganz Cooney e Lloyd Morrisett com o objetivo de usar a televisão para educar crianças. O foco estava em preparar crianças de comunidades carentes para a escola. Até hoje, o programa aborda temas como alfabetização, saúde, cooperação, solidariedade, entre outros, de maneira lúdica e divertida através de fantoches e marionetes brilhantemente criados com a ajuda de Jim Henson, de quem já falamos aqui.

Um dos principais diferenciais do programa está na sua adaptação às realidades e cultura locais de cada país onde está presente. Desta maneira, o Vila Sésamo que é assistido aqui é diferente do que é assistido nos EUA, por exemplo. A iniciativa é uma tentativa de atender as necessidades educacionais de cada região.

Segundo o site oficial, estudos mostram que Vila Sésamo atinge crianças de vários grupos demográficos, melhora o seu desempenho em diversos aspectos e que os benefícios do programa vão além da pré-escola.

Inovação

O primeiro episódio de Vila Sésamo foi ao ar em 1969 nos EUA. A primeira produção internacional do programa aconteceu em 1972, no Brasil e no México. Em 1975, Vila Sésamo inovou ao colocar no ar, pela primeira vez na história da TV infantil, uma criança com Síndrome de Down em um dos episódios, nos EUA. Era Jason Kingsley, filho da produtora Emily Kingsley. Jason apareceu em 55 episódios até a metade dos anos 70.

Em 1983, Vila Sésamo inovou mais uma vez ao tratar de um assunto delicado junto às crianças: o luto. Na época, o ator Will Lee, que interpretava o personagem Mr. Hooper, um dos primeiros personagens humanos que apareceram no show, havia falecido. A produção do programa aproveitou a ocasião para falar sobre a perda de um ente querido no episódio “Farewell, Mr. Hooper” (“Adeus, Sr. Hooper”), algo que faz até hoje em uma das iniciativas da Sesame Workshop (organização responsável pelo programa de TV), um projeto chamado “When Families Grieve” (“Quando famílias estão em luto”), que provê às famílias recursos para aprender a lidar com a morte junto às suas crianças.

Vila Sésamo e seus personagens também tiveram papel fundamental ao se envolverem com questões como Israel e Faixa de Gaza, bem como os ataques às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001, levando mensagens sobre diversidade cultural e respeito mútuo às gerações mais novas. Várias personalidades já participaram do programa levando diferentes mensagens às crianças, como a atriz Whoopi Goldberg, que falou sobre diversidade racial em episódio de 1990, e o secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, que falou sobre a resolução de conflitos, em episódio de 2002.

No Brasil

No Brasil, a atração foi ao ar de 1972 a 1977 pela TV Cultura e pela TV Globo. Na versão brasileira, a Vila Sésamo era uma vila operária onde viviam personagens tipicamente brasileiros, como o faz-tudo Juca (Armando Bógus), a dona de casa Gabriela (Aracy Balabanian) e a professora Ana Maria (Sônia Braga). Nesta vila, conviviam crianças, adultos e bonecos. Os esquetes tinham duração de três minutos e ensinavam o alfabeto, números, cores, etc, sempre repetindo a mesma informação três vezes para melhor fixação.

Na época, a equipe de produção brasileira de Vila Sésamo contou com a orientação pedagógica da equipe de produção norte-americana para criar um programa de TV totalmente adaptado à linguagem e ao modo de ensino brasileiros, para, em 1973, o programa passar a ser produzido integralmente no Brasil. Os primeiros episódios de Vila Sésamo foram ao ar na TV Globo em 1972 abordando questões como higiene, comportamento no trânsito, alfabetização, agricultura e conflitos entre adultos e crianças. Mais tarde, passou a exibir versões brasileiras dos bonecos – como Garibaldo, Gugu, Funga-Funga, Beto, Ênio e Come-Come – e de suas músicas.

Hoje, as novas temporadas de Vila Sésamo são transmitidas pela TV Cultura e pelo canal infantil de TV por assinatura TV RÁ TIM BUM e continuam abordando questões atuais e de importância social, como finanças e o combate ao mosquito Aedes aegypti, sempre utilizando como pano de fundo a realidade vivida pelas crianças brasileiras de todas as classes sociais. Veja abaixo alguns episódios do programa.

Canção das partes do rosto

https://youtube.com/watch?v=f95B0Xturtk%3B

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