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Marco Polo: a Geografia do império Mongol

Por que assistir?

Marco Polo retrata um contexto histórico ao qual é difícil imaginarmos, justamente por sua distância em relação ao tempo em que vivemos. A série aborda as relações espaciais entre o ocidente e o oriente que moldavam o mundo durante os séculos XI a XIV, em particular o século XIV. Desde a apresentação das relações internacionais entre Europa e a Ásia, até apresentação cultural dos costumes dos mongóis em comparação aos chineses e os ocidentais.

A série mostra o jovem aventureiro Marco Polo durante sua passagem no Império de Kublai Khan, neto de Gengis Khan, fundador da Dinastia Yuan (1271 a 1368).

 O império mongol foi um dos principais impérios a traçar uma modificação do espaço mundial entre os séculos XI a XIV. A dinastia Khan iniciada com Gengis Khan (1206-1227), conquistou territorialmente uma parcela extremamente significativa da Ásia. Os episódios retratam o último imperador, Kublai Khan (1260-1294), e o início do processo de queda da dinastia Yuan, seu conflito com os chineses e o início da expansão das cruzadas. No período hegemônico do império mongol, por seu enorme domínio territorial, influenciou inúmeras culturas de alguns países do globo.

O personagem principal, Marco Polo, representa os mercadores que percorriam a rota da seda durante o século XIII. Essa rota abarca um conjunto de 

caminhos que interligavam o Oriente a Europa, e graças a ela também foi essencial para o desenvolvimento e florescimento de grandes civilizações.

Marco Polo, um italiano, é deixado pelo seu tio no império Mongol como garantia de um acordo comercial com representantes europeus que participavam na rota da seda. Durante a série, se pode analisar a transformação do personagem em seu conflito interno com os hábitos e culturas extremamente diferentes da sua origem em relação aos mongóis. Apesar disso, ele se torna uma figura importante e central para Kublai Khan. O imperador já não conseguia ter uma noção de como cada região de seu vasto território se comportava, portanto, delegou a função de Marco Polo ser o seus “olhos”, e percorrer todo o vasto território mongol e relatar o comportamento de cada região para o imperador manter o controle. Um livro importante que retrata as descrições de Marco Polo para Kublai Khan, é de Italo Calvino “cidades invisíveis”, que seria uma ótima abordagem para se fazer em sala de aula de maneira interdisciplinar e multimídia com os alunos.

Vale a pena assistir em sala de aula?

1.Devido à duração de cada episódio (50 min.) e às cenas de sexo e violência, recomendamos apenas a reprodução de alguns trechos que ilustram bem os desafios dos navegadores e mercadores venezianos na Ásia, as batalhas entre China e Mongólia, além dos hábitos das cortes asiáticas.

2.O programa ilustra bem o imperialismo e a necessidade de seus líderes em sobrepujar e conquistar os reinos e o mundo.

3. Propõe o debate sobre o choque cultural e as diferenças entre Ocidente e Oriente.

4. Mesmo em segundo plano, temos uma ideia do poder do Vaticano e da Europa durante o período em que se passa a história.

Sobre a série

A série estreou na Netflix em 2014 e se mostrou uma grata surpresa no canal de de streaming. Com um elenco obscuro – à exceção do seriado nos apresenta um mundo de descobertas, tanto espirituais quanto científicas, com estratégicas e corrupção no reino de Kublai Khan.

Marco Polo, o herói da série, começa como prisioneiro e se torna espião, conselheiro, em mesmo engenheiro de máquinas na China do Século 13. O seriado é um prato cheio para q aventura e ação, sem abrir mão de um bom contexto histórico.

Indicamos também para complementar a série, uma animação que retrata em dois minutos a história de 500 anos dos impérios hegemônicos através de um mapa.