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Todas as Manhãs do Mundo

Por que assistir?

– A proposta da série de documentários “Todas as Manhãs do Mundo” é épica e ousada: em cinco episódios, apresentar o amanhecer em cinco biomas diferentes ao redor do mundo – na Amazônia, na floresta temperada do Canadá, no deserto e no mar do México, no sol da meia-noite da Noruega, no Ártico e nas savanas da Zâmbia.

– Foram dois anos de trabalho para captar e produzir a série. A equipe é composta por um mergulhador, um repórter cinematográfico e o documentarista Lawrence Wahba, profissional brasileiro com 20 anos de know-how e mais de 40 documentários realizados. Também houve a participação de uma equipe francesa.

– A fotografia é belíssima e captura momentos únicos da natureza. A série foi capaz de capturar o cotidiano de algumas das mais exóticas e raras criaturas (algumas ameaçadas de extinção) em momentos únicos na história da cinematografia documental.

Vale a pena assistir em sala de aula?

– Sim. Cada episódio conta com 50 minutos de duração. A narrativa é envolvente não se limita apenas à captura da fauna e flora dos biomas. Excelente para aulas de Geografia, Biologia, História e Artes. Mostra a preparação e o planejamento, além da jornada até os pontos onde se encontram os espécimes e locais a serem filmados

– Além das incríveis paisagens que a série apresenta e de mostrar a luta pela sobrevivência que os animais travam todos os dias, os episódios ressaltam o impacto negativo do humano nesses diferentes ecossistemas, a degradação do meio-ambiente e exploração dos recursos naturais do planeta.

– A série é uma boa opção para trabalhar com os alunos do ensino fundamental. Além dos episódios serem instigantes, eles despertam interesse para a questão ambiental. É possível elaborar planos de aulas interdisciplinares com a temática de educação ambiental e utilizar o documentário como uma ferramenta em sala de aula.

– A obra se destaca pela excelente fotografia, sem o uso de computação gráfica e amparada por drones e equipamentos especiais de filmagem. Possui belos panoramas em macro de insetos, répteis e vegetação até amplas tomadas do amanhecer e da paisagem local.

– O caminho tomado em “Todas as Manhãs do Mundo” é único em produções do gênero: ao invés do uso do discurso alarmista (porém, válido) de documentários como “Uma Verdade Inconveniente”, ou “The Eleventh Hour”, opta por um texto belo e poético, contemplativo da natureza. Conforme o próprio Wahba disse, em entrevista ao Estadão: “Em vez de ‘Olha, o mundo está acabando’, a gente procurou mostrar que ‘existem estas belezas, vamos preservar’. O amanhecer vale como metáfora de novo ciclo que se inicia e a chance de mudar a sua relação com o planeta”.

– Apesar de hoje sua transmissão estar restrita ao canal do National Geographic, vale a pena gravar ou aguardar sua disponibilização via streaming no Netflix, Youtube ou o lançamento do Blu-ray.

Sobre o documentário

Todas as manhãs do mundo começou a ser exibido no canal NatGeo, no último dia 4, e terá seus outros episódios exibidos no mesmo horário e dia – aos domingos, às 22h15. O seriado, que apresenta as manhãs em cinco biomas, reúne uma equipe capitaneada por Lawrence Wahba, mais 12 cinegrafistas franceses e brasileiros em sua jornada de 41 semanas em locais inóspitos e únicos no planeta Terra.

A produção franco-brasileira é resultado de uma parceria entre a produtora francesa Bonne Pioche, vencedora do documentário “A Marcha dos Pinguins”, com a brazuca Canal Azul.

A versão brasileira da série, que começou a ser exibida neste último dia 4, lança um novo olhar sobre a Amazônia. Em “Todas as Manhãs do Mundo”, podemos conhecer mais este ecossistema perfeito através dos macacos bugios e besouros que aproveitam suas fezes, da desova das tartarugas gigantes, das várias espécies de aranhas, e da fêmea de jacaré que protege seu ninho.

A sensação, ao final de cada episódio, é de puro encantamento com as maravilhas da natureza. E com este espírito, a série é capaz de sensibilizar até o mais urbano dos mortais. Vale a pena conferir.

Veja mais fotos do documentário abaixo: