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Vulcões como você nunca viu antes

Por que assistir?

O documentário “Visita ao Inferno” foi lançado no ano de 2016 pelo aclamado diretor alemão Werner Herzog. Neste filme, Herzog explora ao lado do vulcanologista Clive Oppenheimer, as profundezas de vulcões ativos pelo mundo em países como: Indonésia, Islândia, Coréia do Norte e Etiópia.

Eles iniciam o documentário no Pacífico Sul, em 1996, quando Herzog realizava um filme diferente e juntou-se a um grupo de cientistas no vulcão Monte Erebus na Antártica, local em que Herzog conheceu Oppenheimer. Em seguida partem para a Etiópia, ao lado de arqueólogos que procuram fósseis humanos de 100 mil anos de idade que permanecem conservados após um evento vulcânico que alterou o clima da região.  Mais adiante, conseguem um acesso raro, autorizado pelo Estado socialista norte coreano, para visitar o Monte Paektu, um vulcão sagrado que se tornou emblema nacional do país.

Eles também exploram a famosa erupção do vulcão Toba na Indonésia, há 74 mil anos atrás. “Foi tão gigantesco que, dentro da nossa história registrada de sedimentos vulcânicos, não há nada comparável a este fenômeno”, disse Herzog. “Temos motivos para acreditar que a erupção de Toba quase acabou com a raça humana. Criou um lago de 100 quilômetros de diâmetro. Imagine uma coluna de cinzas, 50.000 quilômetros cúbicos de pedra-pomes, partículas que obscureceram o céu e se distribuíram por todo o planeta. Há evidências disso mesmo nos países vizinhos e em núcleos de gelo na Groenlândia e na Antártida, em todo o mundo. Houve muitos anos em que estava muito escuro. A fotossíntese, que é a base da nossa cadeia alimentar, foi de alguma forma interrompida. Isso quase ameaçou a raça humana”.

Herzog e Oppenheimer viajaram para esses países não somente para investigar os vulcões pulsando sob a crosta terrestre com seu incrível poder destrutivo, mas também para relatar como as diferentes populações vivem em seu entorno. O documentário extrapola o âmbito geológico lançando um olhar antropológico sobre os vulcões e a relação que as comunidades criam com ele, desenvolvendo costumes, mitos e rituais, ora temerosos, ora comemorativos.

Vale a pena assistir em sala de aula?

Aparentando ser distraído, Oppenheimer professor da Universidade de Cambrigde, fornece durante o filme explicações didáticas de eventos vulcânicos na história humana e seu papel nas sociedades hoje.

A temática que atravessa o longa metragem é sobretudo filosófica, e diz respeito sobre a natureza transitória e extinguível da vida humana em face às forças incontroláveis da natureza como as erupções vulcânicas.

O documentário está disponível no site Netflix e tem a duração de 1 hora e 44 minutos. Ele é uma excelente opção para instigar seus alunos a se interessarem pelo conteúdo sobre as dinâmicas internas da Terra, geologia e sua relação com a sociedade.

Em quais conteúdos trabalhar? 

Volume Único Geografia Espaço e Identidade: Unidade 3 – “As dinâmicas hidrológicas e litosférica”, com o capitulo 13 – “A dinâmica litosférica e as paisagens terrestres”.

Coleção Geografia Espaço e Vivência Volume 6: Capítulo 12 – “O relevo e os fatores internos”, com as temáticas que abordam sobre “Como é a terra por dentro?”